#9 | Carência cria afetos imaginários
Parece que é legal e que vai funcionar, mas é o nosso vazio querendo ser preenchido.
Já rolou por aqui
News #8 | Quando a ajuda não ajuda
News #7 | Sonhos não envelhecem
Eu adoro receber mensagens. Acho bacana quando pessoas que me conhecem apenas pelos livros se abrem, contam babados e expõem desafios. Sempre fui boa de pitacos, mesmo sabendo que 1) se conselho fosse bom, ele seria vendido e 2) posso fazer a linha faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. A vida do outro sempre é mais fácil justamente porque eu não estou nela.
Pois bem, chegou isso na minha caixinha de pergunta:
A imagem me pareceu perfeita para o comentário. Por mais dolorido que possa soar, é a verdade: estar com o tanque afetivo baixo nos faz crer que qualquer migalha faça nosso carro andar.
Ficamos extasiados quando recebemos coração, quando somos visualizados pelo alvo do desejo, quando perguntam de nós… E fabricamos planos que não condizem com a realidade (muito menos com a vontade do outro).
Ter o tanque emocional cheio é tarefa dos bravos. Nas andanças da vida, algumas fases e morros nos demandam muito mais, nos fazendo andar na reserva. Também tenho minhas dúvidas sobre as descidas largadas em ponto morto; o sistema de freio é fundamental para a sobrevivência, acioná-lo no último minuto pode não impedir a batida.
Cuidar do afeto que nos damos não é tarefa de um dia no spa, é decisão diária e constante, mesmo com a vida em movimento. Aqui não dá para esperar do pais, da mãe ou do/a crush. O que vamos receber do outro sempre será pouco se estivermos vazios.
Não te assumir e te curtir sempre não quer dizer nada. Vínculos demandam comprometimento. Aceite a curtida como engajamento e assuma-se a você mesma.
Deu onda…
Senti-me a diva Clarice Lispector em seu trabalho para a imprensa. Sob alguns pseudônimos, ela produzia textos deliciosos destinados à mulheres, diferentes, claro, dos romances e contos, mas com o jeitinho Clarice de ser. Os mais catedráticos podem torcer o nariz, mas eu gosto bastante do material, que tem o requinte dela, e sempre apreciarei textos que soam como uma conversa de amigas.
Saiba mais sobre o livro aqui. (E comprando pelo link você me ajuda!)
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Marolas
Estou assistindo aos poucos a aula do John B Thompson, sociólogo e grande estudioso de mídia, sobre o mercado editorial em tempos de total convergência digital.
Baseado no livro Mercadores de cultura: o mercado editorial no século XXI (2013), que, inclusive, esteve na bibliografia da minha prova de mestrado, a aula é didática e repleta de dados.
A cortesia da aula é do querido Daniel Lameira, grande personalidade do meio editorial, com que já tive a sorte de trabalhar. Ele foi o editor de Freud, me segura nessa!, lá em 2014, me marcando bastante com sua visão e palavras incentivadoras. O Daniel tem um curso superlegal chamado A vida do livro. Interessados em cultura, livros, revolução digital, contemporaneidade e mercado pop, devem assistir.
Cada vez que você compartilha a news Na minha onda você devolve uma concha ao mar.
Uma leitora apaixonada pelo universo de Literalmente amigas sempre me faz essa pergunta.
Garanto que tanto eu quanto a Marina amamos o livro e também queremos mais. Contudo, dependemos do interesse da editora que detém os direitos autorais, dentre outras coisas. Espero que possamos escrever mais! De toda forma, quem ainda não leu, sinta-se convidado!
7 ondinhas
28 de julho, sexta. A lua está ficando crescente em Escorpião. Vontade de aprofundar, ter intimidade, transar e talvez brigar de uma forma refinada, as famosas DRs.
Vênus segue retrógrado em Leão, nos fazendo reavaliar as formas como temos prazer, como ganhamos dinheiro e nos relacionando. Melhora no começo de setembro (o céu não decepciona).
Quando o céu e terra não estão na velocidade que quero, sento e espero. Sento com os pés numa bacia de água quente, que pode ter ervas ou sais de banho. Segundo a cultura oriental, temos pontos energéticos no pé que ressoam com partes do nosso corpo. Por isso, o escalda-pés acalma tanto. É isso, bora esperar da melhor forma.
A sereia (às vezes Poseidon) que faz a news
Eu adoro misturar tudo aqui na news: meus livros, minhas pesquisas acadêmicas, bruxarias e emoções. Abarcar tudo que sou, mesmo que pareçam mundo muitos distintos, faz meu tanque emocional ficar cada vez mais cheio.
Mas não deixe de curtir, comentar e espalhar a news, afinal, isso também movimenta o carro! (E minha lua em Leão é me faz uma biscoiteira, ajude.)